Noite de Luar.

Era segunda para a terça na hora anônima, em que a escuridão se esconde entre a terra e a lua e vira noite.
A noite de respingos de luar distante respirou fundo por um suspirou deixado por estrelas apresadas, correndo em corredores do céu, em direção a teu jeito.
E esse seu jeito de amigo e de homem, que atiça meus sentimentos e sentidos, A noite também é amigo e homem, por isso conhece os teus segredos e nunca quis dizer que uma vez em hora alta, antes de chegar a madrugada, cochichou aos meus ouvidos, e meus ouvidos o que dizem ao silêncio, quando as flores se olham e perguntam;
Porque sua presença é tão breve?
A noite é quieta e se preocupa muito com as coisas externas, de mãos que sem querer se buscam.
Ela sabe que no memento que vira, anoitecera em nossos corpos.
Luando nossos suspiros na paz das horas juntas, onde repousam os restos finais de nossos abraços amantes.
Olho para o lado e não sei se é noite ou madrugada, meus dedos então caminham cegos na folha branca e macia.
Branca e macia igual seu corpo, unindo um só do lado da minha volta que te visita nos cochilos noturnos.
Minha caneta teima em escrever seu nome no luar.
Mais não posso deixar que saibas como te chamas.
A final amar a dois, é melhor do que amar com um cartão participante.
Amar a dois no sigilo das paredes é puxar as venezianas aos olhos incompreendidos deste mundo, que pouco entende do amor que existe atrás das janelas, e só as cortinas deveram ficar sabendo que lá fora não existe.
Hoje o ontem não sei, sua ausência me embriaga, então seria à hora de dizer a quem servem uma sobra, deste amor que jorra dos seus olhos negros, negros como a noite meu amigo.
E nessa hora faltando meia hora para o relógio me mandar dormir, deixo então a minha cabeça cair em suas mãos.
Meu rosto se agasalhar em teu peito e tua boca respirar na minha, o afago que teu jeito busca na profecia dos anos.
Já é quase madrugada e a noite esta partindo, mostrando ser mais teu amigo que minha, e te roubando de mim.
Roubando de meus braços mestiços a busca de um corpo quente, que amorna na noite grande as minhas horas de solidão, e quando o vento dói La fora o choro da nossa distância.

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