Sem guia, sem horizonte,
Sou como um navio errante.
Em meio a uma procela,
Tento sair dela.
O leme são meus passos.
Os remos são meus braços.
Minha cabeça me ilumina
A navegar na neblina.
Querendo desse nevoeiro escapar,
Uno alma e mente no labutar.
Forcejo no rumo porvir
Minhas forças reunir.
Tentando dessa forma, essa situação mudar;
Com inteligência vou cartografar.
Esse mapa poderá orientar-me,
E com isso, ajudar-me…
Talvez ao ultrapassar esse nevoeiro,
A bonança apareça por inteiro
Refletindo ao olhar, um luar faceiro.
Ao longe, mas ao alcance,
Visualizo uma ilha de relance.
Necessito de um farol a me guiar,
Só assim poderei lá chegar…
Talvez esse guia seja você,
Alguém que compreende o que lê.
Em meio aos rochedos me orienta;
Que eu encalhe, evita.
Atuando como uma bússola
Ajude-me a chegar a orla.
Nessa ilha em sua companhia
Acharei talvez, a real alegria.
Ter nos olhos o brilho da vida.
Compartilhar um amor que em mim grita.
Saborear o dormir e o amanhecer.
Sentir prazer somente, em viver!…
José R.P.Monteiro – SCSul – SP [email protected] [email protected]