Naquele banco vazio…

Sentei naquele banco na hora marcada.

Cansei de esperar por notícias.

Rasguei o bilhete do encontro.

Fiquei no vazio sem uma resposta.

Veio à tona meu sentimento tolo.

As veias pulsavam inconstante no meu corpo.

Vejo os olhos esbugalharem-se nesta espera.

Será o fim do começo da minha percepção?

Ou da minha decepção?

Já não sei se choro ou sorrio…

Talvez os desencontros mostrem a verdade.

Verdade que demorei para enxergar.

Mordi os lábios e senti ressecarem nesta angústia.

Resolvi então passar as mãos nos olhos.

Com o batom procurei brilho nos lábios.

Levantei e caminhei com elegância, num disfarce.

Olhei para trás e vi afastar-se o raio da tristeza.

Sorrindo para a vida talvez num esbarro enxergue recomeço.

Agora, aquele banco é apenas o vazio que nunca será preenchido.

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