Ah, se eu me achasse em um lugar fechado
Lacrado, consumado na própria solidão
Gritaria horrores, choraria lágrimas,
Cantaria e declararia versos na escuridão
Quem dera se me achasse só
Polida da sordidez e da vergonha
Ah, quem dera se tivesse um canto
Onde viver como quem sonha
Abaixar a voz, no cantar do suspiro
Longo suspiro da infelicidade
Viver do nós, quem dera eu,
Mais um pouco de insanidade
Ah, se me permitires um lugar
No soberbo céu noturno,
Não verás nada se não as lágrimas
Do meu eu enfurno.
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