Juízo do Amor

Eu sou o amor,
Devaneio recôndito da alma;
Sou antídoto que acalma
E que faz perecer a dor.

Eu sou sublimidade e magia,
Sou fotografia de sentimento fecundo;
Sou alavanca que governa o mundo
E dos corações sensíveis uma eterna
estrela-guia.

Eu sou o amor,
Estou em erupção constante;
Sou o vício sagrado dos amantes
E um frenesi alegórico e encantador.

Eu sou o termômetro das madrugadas,
Sou um espelho que irradia reflexos;
Eu sou energia que sublima o sexo
E o canto orvalhado das alvoradas.

Eu sou o amor,
O princípio e o fim da vida humana;
Sou o juízo absoluto que se proclama
E a palavra maior do Criador.

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