Não posso viver cheio de mágoa,
Não posso pensar em te perder,
Tenho os olhos cheios de água.
Só em pensar em não mais te ver.
Só penso em ti, em ti não deixo de pensar,
Meus dias amargos se enchem de pavor,
Quando penso que não vais mais voltar,
Quando penso que não existe mais amor.
Eu sei, não tenho a bondade de Cristo,
Aquele que por nós morreu na cruz,
Mas apesar disso tudo eu existo,
Esperando de ti uma vaga luz.
Quando me darás essa luz, ó ingrata,
Devolvendo-me o prazer outra vez,
Aí então receberás medalha de prata,
Pelo grande feito comigo em sensatez.
Sei que um dia sorrirás para mim voltando,
Fazendo da minha esperança amor,
Da solidão me afastando, até quando,
Até quando não mais sentir dor.