BALA de PRATA

Derrubado pelo teu olhar
conhecí o céu,
mas como posso ouvir os santos
se a macheza me escorre no corpo
e os pés precipitam no encalço teu?

Eu tenho a sina do estradeiro
a viagem só chega ao fim
quando alguém talvez por dinheiro
presentear no meu peito uma bala de prata
pelo amor batalhado de uma mulher

E de tudo o que eu viví
meus olhos hão de levar embora ao céu
a tua visão de fêmea tão feita para o amor
que o mar é só o leito
que o cavalo alado te derruba
p'ra num coito todo arregalado
plantar o vício pelo macho no teu corpo

tão carente de carinho que o Amor acalanta tua lareira

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.