Às vezes, não?

Não te fecha a garganta
A palavra refreada
Tão seca e mal guardada
Quanto a dor que te espanta ?

Não sufoca teu pulmão
O peso acumulado
Há muito refreando
O que grita o coração ?

Não fecha a tua mão
Num punho bem cerrado
Renegando os sonhos
Que o juízo diz não ?

E as palavras que clamo
De boca fechada
E olhos lacrimosos
Não vê que te amo?

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