Sou andante nas estradas da vida,
faço parada frente a uma janela aberta,
observo a sacada e a jardineira florida,
penso que nessa janela,
já debruçou o amor.
Um amor vestido de sol,
tão claro como a luz do dia.
Ou vestido de vento,
transparente,inocente,
pois nunca amou.
Um amor de flor no cabelo,
despensando espelho,
pois toda beleza ali pousou.
Um amor de olhos verdes,
igualado as esmeraldas
escondidas no fundo do mar.
Imaginou esse amor,
como seria o amor.
Teria um rosto de anjo,
seria doce como uma fruta madura
teria a cor azul imitando o céu,
ou seria como a natureza sem moldura.
Esse amor me fez andante,
amante nas eternas madrugadas,
nas ruas caladas,
e na luz do dia.
Andante nas alegrias,
andante na dor.
Andante e errante,
por esmolar um pouco desse amor.
Autor… ( Jairo Matos )