Ao meu Professor com Carinho

Mestre é aquele que caminha com o tempo propondo paz,fazendo comunhão despertando sabedoria.
Mestre é aquele que entende a mão,inicia po diálogo encaminhando para aventura da vida.
Não é aquele que dá seu saber mas aquele que faz germinar o saber do discípulo.
Que mestre é você,mei professor amigo,que me compreende,me estimula,me comunica e me
enriquececom sua presença,seu saber e sua ternura.
Eu serei sempre um de seus discípulos na escolavida.
Obrigado,Professor.

GUEVARA MEU AMIGO

Guerreiro santo por muitos odiado
Traído pela peleja de seu orgulho ferido
Fiel até a morte lutando por ideais
Hoje descansas no sepulcro dos imortais.

Ignorastes os grandes em teu juízo
Pagastes um preço caro por tua vontade
Corajoso sofrido, solitário destemido…
És lembrado por muitos, Ernesto meu amigo.

Com dignidade levastes tua cruz
Abandonado por Fidel
E até Cuba recusastes
Nos teus conceitos foste fiel
A tua estrela se apagou
Pelas ruas da Bolívia
Mas raízes tu deixou
E a saudade da guerrilha.

No peito de cada jovem
Tua imagem ainda vive
Mesmo morto no passado
Tua estrela ainda brilha
Teu passado que não volta
Vitorioso e esquecido
Mas jamais serás vencido
Guevara meu amigo.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
19/abril/2002 Itaquaquecetuba (sp)

GABRIELE

És mesmo uma Cinderela
Essa tal de Gabriela;
A nudez do teu sorriso desaponta
Todo lábio imaginário, toda boca.

Faz do possível ao impossível tua beleza
Escraviza todos olhos invejosos, realeza;
És mesmo uma verdade incrédula
Essa tal de Gabriela.

De fato os teus olhos
Contamina outras meninas
De um azul quase morto
Ou verde que fascina;
Serás mesmo assim tão bela
Essa de Gabriela.

Meus olhos não descansam na sentinela
Por causa de ti Gabriela;
Tua face confunde a beleza dos Deuses
O mar envergonha-se ao confrontar teu olhar
O céu se esconde dentro do teu habitar.

Ao notar uma fraude estúpida do poeta
É certo de que toda beleza não irá se perder
Na teimosia da subordinada esferográfica
Logo pôde sentir na pele
Teu nome tão lindo
Só podia mesmo ser Gabriele.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
30/abril/2008 Arujá (sp)

BAIRRO DO CAMBUCI

Que fazes aqui
No bairro do Cambuci
Á sudeste do marco zero
Neste bairro que venero.

Ao subir a serra que dai descanso
Aos animais de cargas bons paulistano
De boas índoles sabemos que tu és
Ao passarem pelo córrego do lavapés.

Aos vizinhos Mooca e Ipiranga
Ao servirem ao exército deste país
É inevitável se alistar ao passarem por aqui.

Aos imigrantes sírio-libaneses e italianos
Ao largo do Cambuci e av: Lins de Vasconcelos
Faz de você meu Cambuci, nesta cidade o bairro mais belo.

(soneto) Homenagem à São Paulo 455 anos
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Janeiro de 2009 no dia 15 / Village Itaquá.

BAIRRO DA PENHA

O velho pontilhão onde o trem destoa
A velha catedral;
Quem quer ver que venha;
E o antigo botafogo da penha.

O shopping que furtou a tradição
Da romântica época das freiras
Júpiter, penharama e São Geraldo
Que saudades dos cinemas da penha.

Nas décadas de outrora
O bonde se fez presente
Aos falecidos deste cemitério
Eu vos rogo a deus que o tenha
Na avenida amador Bueno
Da Veiga e também da penha.

O mercadão da Gabriela mistral
O largo do rosário
Onde os pombos se alimentam
Nos dias de hoje
Podem ser vistos do metrô
Este bonito bairro da penha.

Homenagem a São Paulo 450 anos

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli 26/março/2004

ÁGUA BARRENTA

Lavadeira menina, na beira do rio…
Trouxa e sabão parecem tua sina
Logo pela manhã te aqueces do frio
Das rotinas esfregadas, lavadeira menina;

De sorte que o sertão de Pernambuco
Mais judia o sol que fascina
Volta os trapos quase enxuto
No balaio na cabeça da menina;

São dez irmãos e muita peça feminina
Na trilha que desconfia teus pés
A caminho do rio, lavadeira menina;

E voltas do trabalho árduo, como aguenta!
São muitas as tuas lavadas
Por causa desta água barrenta.

(soneto)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 23
Village Itaquá

AVENIDA PAULISTA

Do passageiro ao motorista
De quem mora na cidade ou é turista
É de vós a avenida paulista.

Do bêbado ao equilibrista
Em vossa letra
Por Elis Regina
Em algoz vos encontrastes
Em meio à avenida paulista.

Ao homem trabalhador
À mulher doméstica
Até vós que sois artistas
É certo que por aqui passais
No centro da avenida paulista.

Aos amantes do futebol
O corintiano, palmeirense,
E até santista
O importante é que vos encontrais
De vez em quando aqui na paulista.

Nos versos desta poesia
Citei católicos, apostólicos,
E umbandistas,
Se algum dia
Tomais-vos por egoístas
Não esqueceis jamais
Da bonita avenida paulista.

Homenagem a São Paulo 450 anos
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
26/março/2004 Itaquaquecetuba (sp)

CHALEIRA NA MÃO

Lá vem Gesmar
Com a chaleira na mão
Após um trago de cigarro
Lá vem Gesmar…
Com a toalha e sabão.

Lá vem Gesmar
Com a chaleira na mão
E o olhar desconfiado
Meio que contrariado
Tomar banho de calção.

Lá vem Gesmar
Água fervendo no fogão
Discutindo com a Dita
E o caçula que irrita
Assim vem o tar Gesmar…
Com a chaleira em sua mão.

Lá vem Gesmar
Com a chaleira vazia
Depois do banho bem tomado
De caneca e bacia
Lá vem Gesmar
Todo cheio de razão
Com a chaleira em sua mão.

Homenagem a Gesmar José da Silva

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Novembro de 2002 no dia 21
Itaquaquecetuba (sp)